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domingo, 27 de setembro de 2009

Mentira Superinteressante.

MENTIRA SUPERINTERESSANTE

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Publicava a famigerada Revista Superinteressante, baseando-se numa caduca mentira estratégica protestante.

“Está ai em resumo, a tese do “Primado de Roma”, segundo a qual os bispos romanos sãorepresentantes legítimos de Jesus. Mas os fatos que sustentam esse dogma nunca foram unanimidade. Não há provas da passagem de Pedro por Roma. A Bíblia não diz nada a respeito – lendas sobre sua viagem e martírio foram coletadas por um propagandista da Igreja, Eusébio de Casaréia” (Superinteressante Ed. 239/2007. p,60).

Respondendo ao embuste:
Eusébio não era “propangandista da Igreja”, mas, o primeiro historiador da Igreja. O historiador Optato de Milevi (367), contemporâneo de Eusébio, confirma e repete seus registros, comprove:Registrou o Historiador Optato de Milevi, no ano 367:

"Na cidade de Roma, quem por primeiro se sentou na cátedra episcopal foi o Apóstolo Pedro, ele que era a cabeça de toda a Igreja, (...) Os apóstolos nada decidiam sem estar em comunhão com esta única cátedra (...) Recorde a origem desta cátedra, todos que reinvidicam o nome da Santa Igreja Católica..." (O Cisma Donatista 2:2).

E muito antes disso, provando a sucessão apostólica, Santo Irineu (no ano 180), registrou em sua obra: “Depois de terem fundado e estabelecido a Igreja de Roma, os bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo confiaram-na à administração de Lino, de quem fala São Paulo na Carta a Timóteo (2 Tm 4,21). Sucedeu-lhe Anacleto ...” (Contra as Heresias 3,3,2) Lino e Anacleto eram bispos de Roma, estes e seus sucessores desde São Pedro, são os legítimos representantes de Jesus Cristo na terra. Isto não é “tese” nem “dogma”, é fato, confirmado em edição anterior desta mesma Revista Superinteressante, confira: “As primeiras Igrejas surgiram como comunidades fundadas pelos apóstolos (54 d.C.). Do núcleo fundado por Pedro em Roma, originou-se todo o cristianismo no Ocidente, que posteriormente foi dividido em arquidioceses, dioceses e províncias eclesiásticas, em comunhão com a Sé Romana, a partir de 70 d.C.” (Revista: Superinteressante. Ed.181, p. 22-23).

Que vergonha. Joga o dinheiro no lixo quem assina ou compra essa medíocre revista.Quanto a passagem de Pedro em Roma:1º - Há inúmeras provas históricas e físicas da passagem de Pedro em Roma: Os melhores especialistas não têm duvidas sobre o achado, e a Igreja após criterioso estudo afirmou sem dúvidas em 1950: “Sim, o túmulo do príncipe dos Apóstolos foi encontrado” (cf. Pio XII, radio – mensagem de Natal em 23/12/1950 apud LAURENTIN, René. Pedro o primeiro Papa: traços marcantes de sua personalidade. São Paulo:Paulinas,2003.p,180.)Afirmou Laurentin, exegeta, teólogo e historiador: “O que está bastante documentado e testemunhado é que Pedro acaba sua existência em Roma pelo martírio” (cf. LAURENTIN, René. Pedro o primeiro Papa: traços marcantes de sua personalidade. São Paulo: Paulinas, 2003, p.163)

2º - Seria o sensacionalismo da revista Superinteressante verossímil, ao afirmar que a Bíblia nada diz a respeito da passagem de Pedro por Roma? A própria Sagrada Escritura responde à questão, na primeira carta de Pedro (I Ped 5,13), o apóstolo está na “Babilônia”, nome este simbólico que designa Roma, a capital corrompida:“A Igreja escolhida da Babilônia saúda-vos...” (conf. I Ped 5,13).

No livro do Apocalipse de São João, nos versículos 14,8; 16;19; 17,5 e 18,2 aparece a alusão a Babilônia, que na realidade tratava-se da Roma pagã, capital da idolatria e reino dos inimigos de Deus.

3º Também o historiador Daniel Rops, não deixa dúvidas: “As pesquisas arqueológicas realizadas na basílica vaticana entre 1939-50 e 1953-57 indicam que São Pedro foi enterrado no lugar onde hoje se encontra o altar. Numerosos graffits, um deles com o nome do Apóstolo, outras inscrições tumulares e um altar do século II confirmam essa hipótese”. (conf. ROPS, Daniel. A Igreja dos Apóstolos e dos Mártires, v. I, Quadrante, 1988. p101, citação 26). - (Tópicos 1º, 2º e 3º coletados de artigo do Prof. Felipe Aquino).

Caso os maldosos embusteiros queiram confirmar a liderança, longa estadia e vida de Pedro em Roma, assistam ao documentário da BBC: “Pedro”. Este documentário arqueológico, onde mostra os restos mortais de Pedro sepultado sob a Capela Sistina, foi exibido pela TVE na noite de 23 de dezembro de 2006. Semelhante documentário também foi produzido e exibido pela Nathional Geograph, na Band. A Globo também já exibiu no globo Repórter o documentário “O VATICANO POR DENTRO”, onde confirma as descobertas já citadas e mostra o jazigo e ossos de Pedro sob a Capela Sistina.

É assustadora a completa desinformação de certos jornalistas. Enfim, Pedro não só esteve em Roma, mas, lá liderou a Igreja e morreu crucificado.Fica aqui, o registro da má fé, dos que fazem esta revista, que mente para ficar “Superinteressante”. Vez por outra, estão levianamente caluniando a Igreja Católica, para tentar ganhar notoriedade. Mas que bom, que eles mesmos publicavam na edição 249 de fevereiro/2008, página 98: “Quando a cantora Sinead O’Connor rasgou a foto do papa na TV, sua carreira acabou”. Que isso sirva de exemplo para os tais editores. Eu mesmo já constatei nas numerosas comunidades católicas, que cresce cada vez mais o número de famílias católicas que cancelaram assinaturas, ou pararam de comprar a tal revista Superinteressante Superanticatólica.

Autor: Fernando Nascimento
Fonte: http://servosdemariaamordedeus.blogspot.com/2009/09/mentira-superinteressante_6144.html

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Por que a Bíblia católica tem 73 livros e a protestante apenas 66?

Por que a Bíblia católica tem 73 livros e a protestante apenas 66?




Autor: Hiago Rebello


A Reforma de Lutero rejeitou os seguintes livros: Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (também conhecido como Sirácida), 1° e 2° livros de Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14. MAS PROQUE Lutero faria tal coisa? Por que ele tiraria livros da Bíblia? Um livro sagrado e inequívoco?
A resposta é simples: falta de conhecimento, na época não era fácil ter aceso a documentos históricos de outras partes do globo como a África e o Oriente Médio..., além disso, o século XVI, no ocidente e no centro da Europa, estava acontecendo guerras e começava o fim do feudalismo. Para Lutero a Igreja Católica colocou estes livros na Bíblia para dar justificativas as suas doutrinas e ensinamentos, porém, quem teria aceso ao Velho Testamento sem manipula-lo (isso segundo o pensamento de Lutero)? Os Judeus! Sim Lutero pegou os livros do Antigo Testamento Judaico (e não cristão) para verificar a validade dos livros acima citados...
Entretanto, como já disse, neste período da história não existia muito aceso a acontecimentos históricos em outras partes do globo, por este motivo Lutero, em sua ignorância (não arrogância), rejeitou estes livros e modificou a Bíblia.

Mas de que dado histórico Lutero teve carência? De que acontecimento estamos falando? Por que Lutero estava errado em manipular a Bíblia?

Eis a razão disto: os judeus da cidade de Jâmnia, Palestina, por volta do ano 100 d.C, vendo que estavam aparecendo outros livros bíblicos (o Novo Testamento) então os judeus de Jâmnia, utilizaram de critérios NACIONALISTAS para definir os livros sagrados, os critérios eram: 1° deveria ter sido escrito na Terra Santa, 2° escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego, 3° escrito antes de Esdras (455-428 a.C.) e 4° sem contradição com a Torá ou lei de Moisés. Os judeus não utilizaram critérios religiosos, mas sim critérios nacionalistas!
É por isso que a Igreja Católica tem livros que os protestantes não tem é porque nós não utilizamos critérios nacionalistas, mas sim critérios religiosos!

Em Alexandria no Egito, entre 250 e 100 a.C, versão grega - Alexandrina ou dos Setenta. Colocou os livros que os judeus de Jâmnia, rejeitaram. A Igreja católica sempre seguiu esta versão. Ou seja, antes do ano 100 depois de Cristo os judeus e os apóstolos usavam a versão dos 70 livros (alguns, mais tarde foram retirados pela Igreja católica). Esta versão que os protestantes usam não é cristã é judia! Os protestantes estão negando a versão utilizada pelos Apóstolos! E estão usando a versão (pelo menos do antigo Testamento) judia e não inspirada por Deus!
Os protestantes não estão seguindo Deus estão seguindo os Judeus! Se esta reunião em Jâmnia foi inspirada por Deus como eles podem ter o novo Testamento se existem livros lá escritos em grego e não em hebraico? Como pode ter sido inspirada se eles rejeitaram todo o Novo testamento, e colocaram estas leis justamente para não terem os livros do Novo Testamento, como livros inspirados por Deus?
Os Apóstolos optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando canônicos os livros rejeitados em Jâmnia. Mas como comprovar que os Apóstolos aceitavam estes livros como, por exemplo, Macabeus 1 e 2 e Judite? Simples e rápido, na Bíblia existem citações dos próprios Apóstolos destes livros, provando que eles os utilizavam! E se não utilizavam, aonde esta na Bíblia que eles os regeitavam? Uma coisa tão importante assim deveria estar na Bíblia não?
Ao escreverem o Novo Testamento os Apóstolos usaram o Antigo Testamento, na forma da tradução grega de Alexandria, mesmo quando ela era diferente do texto hebraico, pois este critério de texto em hebraico só foi usado no ano 100, ou seja, provavelmente os apóstolos já estavam mortos...
Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos apóstolos.
Nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo:

Evangelho segundo São Mateus:

Mt 4,4 se refere a Deut 8,3;
Mt 4,15 faz referencia a 1Mc 5,15;
Mt 5,18 a Br 4,1;
Mt 5,28 a Eclo 9,8;
Mt 5,2-4 a Eclo 25,7-12;
Mt 5,4 a Eclo 48,24;
Mt 6,7 a Eclo 7,14;
Mt 6,9 a Eclo 23,1.4;
Mt 6,10 a 1Mc 3,60;
Mt 6,12 a Eclo 28,2;
Mt 6,13 a Eclo 33,1;
Mt 6,20 a Eclo 29,10-11;
Mt 6,23 a Eclo 14,10;
Mt 6,33 a Sb 7,11;
Mt 7,12 a Tb 4,15 / Eclo 31,15;
Mt 7,16 a Eclo 27,6;
Mt 8,11 a Br 4,37;
Mt 8,21 a Tb 4,3;
Mt 9,36 a Jdt 11,19;
Mt 9,38 a 1Mc 12,17;
Mt 10,16 a Eclo 13,17;
Mt 11,14 a Eclo 48,10;
Mt 11,22 a Jdt 16,17;
Mt 11,25 a Tb 7,17 / Eclo 51,1;
Mt 11,28 a Eclo 24,19 / Eclo 51,23;
Mt 11,29 a Eclo 6,24-25 / Eclo 6,28-29 / Eclo 51,26-27;
Mt 12,4 a 2Mc 10,3 ;
Mt 12,5 a Eclo 40,15;
Mt 13,44 a Eclo 20,30-31;
Mt 16,18 a Sb 16,13;
Mt 16,22 a 1Mc 2,21;
Mt 16,27 a Eclo 35,22;
Mt 17,1 a Eclo 48,10;
Mt 18,10 a Tb 12,15;
Mt 20,2 a Tb 5,15;
Mt 22,13 a Sb 17,2;
Mt 23,38 a Tb 14,4;
Mt 24,15 a 1Mc 1,54 / 2Mc 8,17;
Mt 24,16 a 1Mc 2,28;
Mt 25,35 a Tb 4,17;
Mt 25,36 a Eclo 7,32-35;
Mt 26-38 a Eclo 37,2;
Mt 27,24 a Dn 13,46;
Mt 27,43 a Sb 2,13 / Sb 18-20.


Evangelho segundo São Marcos:


Mc 1,1 a Tb 14,5;
Mc 4,5 a Eclo 40,15;
Mc 4,11 a Sb 2,22;
Mc 5,34 a Jdt 8,35;
Mc 6,49 a Sb 17,15;
Mc 8,37 a Eclo 26,14;
Mc 9,31 a Eclo 2,18;
Mc 9,48 a Jdt 16,17;
Mc 10,18 a Eclo 4,1;
Mc 14,34 a Eclo 37,2;
Mc 15,29 a Sb 2,17.


Evangelho segundo São Lucas:


Lc 1,17 a Eclo 48,10;
Lc 1,19 a Tb 12,15;
Lc 1,19 a Tb 12,15;
Lc 1,42 a Jdt 13,18;
Lc 1,52 a Eclo 10,14;
Lc 2,29 a Tb 11,9;
Lc 2,37 a Jdt 8,6;
Lc 6,35 a Sb 15,1;
Lc 7,22 a Eclo 48,5;
Lc 9,8 a Eclo 48,10;
Lc 10,17 a Tb 7,17;
Lc 10,19 se refere a Eclo 11,19;
Lc 10,21 a Eclo 51,1;
Lc 12,19 a Tb 7,10;
Lc 12,20 a Sb 15,8;
Lc 13,25 a Tb 14,4;
Lc 13,27 a 1Mc 3,6;
Lc 13,29 a Br 4,37;
Lc 14,13 a Tb 2,2;
Lc 15,12 a 1Mc 10,29[30] / Tb 3,17;
Lc 18,7 a Eclo 35,22;
Lc 19,44 a Sb 3,7;
Lc 21,24 a Tb 14,5;
Lc 21,24 a Eclo 28,18;
Lc 21,25 a Sb 5,22;
Lc 24,4 a 2Mc 3,26;
Lc 24,31 a 2Mc 3,34;
Lc 24,50 a Eclo 50,20-21;
Lc 24,53 a Eclo 50,22-23.


Evangelho segundo São João:


Jo 1,3 a Sb 9,1;
Jo 3,8 a Eclo 16,21;
Jo 3,12 a Sb 9,16 / Sb 18,15-16;
Jo 3,13 a Br 3,29;
Jo 3,28 a 1Mc 9,39;
Jo 3,32 a Tb 4,6;
Jo 4,9 a Eclo 50,25-26;
Jo 4,48 a Sb 8,8;
Jo 5,18 a Sb 2,16;
Jo 6,35 a Eclo 24,21;
Jo 7,38 a Eclo 24,40 / Eclo 43,30-31;
Jo 8,44 a Sb 2,24;
Jo 8,53 a Eclo 44,19;
Jo 10,20 se refere a Sb 5,4;
Jo 10,22 a 1Mc 4,59;
Jo 14,15 a Sb 6,18;
Jo 15,9-10 a Sb 3,9;
Jo 17,3 a Sb 15,3;
Jo 20,22 a Sb 15,11.


Atos dos Apóstolos:


At 1,10 a 2Mc 3,26;
At 1,18 a Sb 4,19;
At 2,4 a Eclo 48,12;
At 2,11 a Eclo 36,7;
At 2,39 a Eclo 24,32;
At 4,24 a Jdt 9,12;
At 5,2 a 2Mc 4,32;
At 5,12 a 1Mc 12,6;
At 5,21 a 2Mc 1,10;
At 5,39 a 2Mc 7,19;
At 9,1-29 a 2Mc 3,24-40;
At 9,2 a 1Mc 15,21;
At 9,7 a Sb 18,1;
At 10,2 a Tb 12,8;
At 10,22 a 1Mc 10,25 / 1Mc 11,30.33
At 10,26 a Sb 7,1;
At 10,30 a 2Mc 11,8;
At 10,34 a Eclo 35,12-13;
At 10,36 a Sb 6,7 / Sb 8,3 etc.;
At 11,18 a Sb 12,19;
At 12,5 a Jdt 4,9;
At 12,10 a Eclo 19,26;
At 12,23 a Jdt 16,17;
At 12,23 a Eclo 48,21 / 1Mc 7,41 / 2Mc 9,9;
At 13,10 a Eclo 1,30;
At 13,17 a Sb 19,10;
At 14,14 a Jdt 14,16-17;
At 14,15 a Sb 7,3;
At 15,4 a Jdt 8,26;
At 16,14 a 2Mc 1,4;
At 17,23 a Sb 14,20 / Sb 15,17;
At 17,24 a Tb 7,17 / Sb 9,9;
At 17,24-5 se refere a Sb 9,1;
At 17,26 a Sb 7,18;
At 17,27 a Sb 13,6;
At 17,29 a Sb 13,10;
At 17,30 a Eclo 28,7;
At 19,7 a Sb 3,17;
At 19,28 a Dn 14,18.41;
At 20,26 a Dn 13,46;
At 20,32 a Sb 5,5;
At 20,35 a Eclo 4,31;
At 21,26 a 1Mc 3,49;
At 22,9 a Sb 18,1;
At 24,2 a 2Mc 4,6;
At 26,18 a Sb 5,5;
At 26,25 a Jdt 10,13.


Epístola aos Romanos:


Rm 1,19-32 a Sb 13-15;
Rm 1,21 a Sb 13,1;
Rm 1,23 a Sb 11,15 / Sb 12,24;
Rm 1,28 a 2Mc 6,4;
Rm 2,4 a Sb 11,23;
Rm 2,11 a Eclo 35,12-13;
Rm 2,15 a Sb 17,11;
Rm 4,13 a Eclo 44,21;
Rm 4,17 a Eclo 44,19;
Rm 5,5 a Eclo 18,11;
Rm 5,12 a Sb 2,24;
Rm 9,4 a Eclo 44,12 / 2Mc 6,23;
Rm 9,19 a Sb 12,12;
Rm 9,21 a Sb 15,7;
Rm 9,31 a Eclo 27,8 / Sb 2,11;
Rm 10,7 a Sb 16,13;
Rm 10,6 a Br 3,29;
Rm 11,4 a 2Mc 2,4;
Rm 11,15 a Eclo 10,20-21;
Rm 11,33 a Sb 17,1;
Rm 12,15 a Eclo 7,34;
Rm 13,1 a Eclo 4,27;
Rm 13,1 a Sb 6,3-4;
Rm 13,10 a Sb 6,18;
Rm 15,4 a 1Mc 12,9;
Rm 15,8 a Eclo 36,20.


1ª Epístola aos Coríntios:


1Cor 1,24 a Sb 7,24-25;
1Cor 2,9 a Eclo 1,10;
1Cor 2,16 a Sb 9,13;
1Cor 4,13 a Tb 5,19;
1Cor 4,14 a Sb 11,10;
1Cor 6,2 a Sb 3,8;
1Cor 6,12 a Eclo 37,28;
1Cor 6,13 a Eclo 36,18;
1Cor 6,18 a Eclo 23,17;
1Cor 7,19 a Eclo 32,23;
1Cor 9,19 a Eclo 6,19;
1Cor 9,25 a Sb 4,2;
1Cor 10,1 a Sb 19,7-8;
1Cor 10,20 a Br 4,7;
1Cor 10,23 a Eclo 37,28;
1Cor 11,7 a Eclo 17,3 / Sb 2,23;
1Cor 11,24 a Sb 16,6;
1Cor 15,29 a 2Mc 12,43-44;
1Cor 15,32 a Sb 2,5-6;
1Cor 15,34 a Sb 13,1

.
2º Epístola aos Coríntios:


2Cor 5,1.4 a Sb 9,15;
2Cor 12,12 a Sb 10,16.


Epístola aos Gálatas:


Gl 2,6 a Eclo 35,13;
Gl 4,4 a Tb 14,5;
Gl 6,1 a Sb 17,17.


Epístola aos Efésios:


Ef 1,6 a Eclo 45,1 / Eclo 46,13;
Ef 1,17 a Sb 7,7;
Ef 4,14 a Eclo 5,9;
Ef 4,24 a Sb 9,3;
Ef 6,12 a Sb 5,17;
Ef 6,14 a Sb 5,18;
Ef 6,16 a Sb 5,19.2


Epístola aos Filipenses:


Fl 4,5 se refere a Sb 2,19;
Fl 4,13 a Sb 7,23;
Fl 4,18 se refere a Eclo 35,6.


Epístola aos Colossenses:


Cl 2,3 se refere a Eclo 1,24-25.


1ª Epístola aos Tessalonicenses:


1Ts 3,11 a Jdt 12,8;
1Ts 4,6 a Eclo 5,3;
1Ts 4,13 a Sb 3,18;
1Ts 5,1 a Sb 8,8;
1Ts 5,2 a Sb 18,14-15;
1Ts 5,3 a Sb 17,14;
1Ts 5,8 se refere a Sb 5,18.


2ª Epístola aos Tessalonicenses:


2Ts 2,1 se referia a 2Mc 2,7.


1ª Epístola a Timóteo:


1Tm 1,17 a Tb 13,7.11;
1Tm 2,2 a 2Mc 3,11 / Br 1,11-12;
1Tm 6,15 a Eclo 46,5 / 2Mc 12,15 / 2Mc 13,4.


2ª Epístola a Timóteo:


2Tm 2,19 a Eclo 17,26 / Eclo 23,10 (vl) / Eclo 35,3;
2Tm 4,8 a Sb 5,16;
2Tm 4,17 a 1Mc 2,60.


Epístola a Tito:


Tt 2,11 estava se referindo a 2Mc 3,30;
Tt 3,4 estava se referindo a Sb 1,6.


Epístola aos Hebreus;


Hb 1,3 estava se referindo a Sb 7,25-26;
Hb 2,5 a Eclo 17,17;
Hb 4,12 a Sb 18,15-16 / Sb 7,22-30;
Hb 5,6 a 1Mc 14,41;
Hb 7,22 a Eclo 29,14-16;
Hb 11,5 a Eclo 44,16 / Sb 4,10;
Hb 11,6 a Sb 10,17;
Hb 11,10 a Sb 13,1 e a 2Mc 4,1;
Hb 11,17 a 1Mc 2,52 e a Eclo 44,20;
Hb 11,27 a Eclo 2,2;
Hb 11,28 a Sb 18,25;
Hb 11,35 a 2Mc 6,18-7,42;
Hb 12,4 a 2Mc 13,14;
Hb 12,9 a 2Mc 3,24;
Hb 12,12 a Eclo 25,23;
Hb 12,17 a Sb 12,10;
Hb 12,21 a 1Mc 13,2;
Hb 13,7 a Eclo 33,19 / Sb 2,17.


Epístola de São Tiago:


Tg 1,1 a 2Mc 1,27;
Tg 1,2 a Eclo 2,1 / Sb 3,4-5;
Tg 1,13 a Eclo 15,11-20;
Tg 1,19 a Eclo 5,11;
Tg 1,21 a Eclo 3,17;
Tg 2,13 a Tb 4,10;
Tg 2,23 a Sb 7,27;
Tg 3,2 a Eclo 14,1;
Tg 3,6 a Eclo 5,13;
Tg 3,9 a Eclo 23,1.4;
Tg 3,10 a Eclo 5,13 / Eclo 28,12;
Tg 3,13 a Eclo 3,17;
Tg 4,2 a 1Mc 8,16;
Tg 4,11 a Sb 1,11;
Tg 5,3 a Jdt 16,17 / Eclo 29,10;
Tg 5,4 a Tb 4,14;
Tg 5,6 a Sb 2,10 / Sb 2,12 / Sb 2,19


1ª Epístola de São Pedro:


1Pd 1,3 estava se referindo a Eclo 16,12;
1Pd 1,7 a Eclo 2,5;
1Pd 2,25 a Sb 1,6;
1Pd 4,19 a 2Mc 1,24 etc.;
1Pd 5,7 a Sb 12,13


2ª Epístola de São Pedro:


2Pd 2,2 a Sb 5,6;
2Pd 2,7 a Sb 10,6;
2Pd 3,9 a Eclo 35,19;
2Pd 3,18 a Eclo 18,10.


1ª Epístola de São João:


1Jo 5,21 a Br 5,72.


Epístola de São Judas:


Jd 1,13 a Sb 14,1.


Livro do Apocalipse:


Ap 1,18 a Eclo 18,1;
Ap 2,10 a 2Mc 13,14;
Ap 2,12 a Sb 18,16[15];
Ap 2,17 a 2Mc 2,4-8;
Ap 4,11 a Eclo 18,1 / Sb 1,14;
Ap 5,7 a Eclo 1,8;
Ap 7,9 a 2Mc 10,7;
Ap 8,1 a Sb 18,14;
Ap 8,2 a Tb 12,15;
Ap 8,3 a Tb 12,12;
Ap 8,7 a Eclo 39,29 / Sb 16,22;
Ap 9,3 a Sb 16,9;
Ap 9,4 a Eclo 44,18 etc.;
Ap 11,19 a 2Mc 2,4-8;
Ap 17,14 a 2Mc 13,4;
Ap 18,2 a Br 4,35;
Ap 19,1 a Tb 13,18;
Ap 19,11 a 2Mc 3,25 / 2Mc 11,8;
Ap 19,16 a 2Mc 13,4;
Ap 20,12-13 a Eclo 16,12;
Ap 21,19-20 a Tb 13,17.


Comprovem na Bíblia: http://www.bibliacatolica.com.br/


Os protestantes têm a afirmação de que a Igreja Católica teria acrescentado vários livros apócrifos à Bíblia durante o Concílio de Trento, no séc. XVI. Quando eles afirmão isto, estão querendo se referir a os sete livros do Antigo Testamento que não se encontram em suas bíblias. Porém, a própria existem provas históricas (que são imutáveis ) que desmentem tal argumento, vistos os testemunhos de antigos cristãos e dos primeiros Concílios abaixo:

Concílio de Hipona (393):
Cânon 36 - Parece-nos bom que, fora das Escrituras canônicas, nada deva ser lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as seguintes: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos, dois livros dos Paralipômenos, Jó, Saltério de Davi, cinco livros de Salomão, doze livros dos Profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, dois livros de Esdras e dois [livros] dos Macabeus. E do Novo Testamento: quatro livros dos Evangelhos, um [livro de] Atos dos Apóstolos, treze epístolas de Paulo, uma do mesmo aos Hebreus, duas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João. Sobre a confirmação deste cânon se consultará a Igreja do outro lado do mar. É também permitida a leitura das Paixões dos mártires na celebração de seus respectivos aniversários" (Concílio de Hipona, 08.Out.393).

Concílio de Cartago Três (397) e Cartago quatro (419):
"Entre os judeus, houve profetas de Deus, através dos quais o Espírito profético anunciou antecipadamente os acontecimentos futuros, e os reis, que segundo os tempos se sucederam entre os judeus, apropriando-se de tais profecias, guardaram-nas cuidadosamente tal como foram ditas e tal como os próprios profetas as consignaram em seus livros, escritos em sua própria língua hebraica. Quando Ptolomeu, rei do Egito, se preocupou em formar uma biblioteca e nela reunir os escritos de todo o mundo, tendo tido notícia dessas profecias, mandou uma embaixada a Herodes, que então era rei dos judeus, pedindo-lhe que mandasse os livros deles. O rei Herodes mandou os livros, como dissemos, em sua língua hebraica. Todavia, como seu conteúdo não podia ser entendido pelos egípcios, Ptolomeu pediu, por meio de uma nova embaixada, que Herodes enviasse homens para os verter para a língua grega. Depois disso, os livros permaneceram entre os egípcios até o presente e os judeus os usam no mundo inteiro. Estes, porém, ao lê-los, não entendem o que está escrito, mas considerando-nos inimigos e adversários, matam-nos, como vós o fazeis, e atormentam-nos sempre que podem fazê-lo, como podeis facilmente verificar. Com efeito, na guerra dos judeus agora terminada, Bar Kókeba ,uma do mesmo aos Hebreus, duas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João. Isto se fará saber também ao nosso santo irmão e sacerdote, Bonifácio, bispo da cidade de Roma, ou a outros bispos daquela região, para que este cânon seja confirmado, pois foi isto que recebemos dos Padres como lícito para ler na Igreja" (Concílio de Cartago III (397) e Concílio de Cartago IV (419).

"Parece-nos bom que, fora das Escrituras canônicas, nada deva ser lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as seguintes: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos, dois livros dos Paralipômenos, Jó, Saltério de Davi, cinco livros de Salomão, doze livros dos Profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, dois livros de Esdras e dois [livros] dos Macabeus. E do Novo Testamento: quatro livros dos Evangelhos, um [livro de] Atos dos Apóstolos, treze epístolas de Paulo, uma do mesmo aos Hebreus, duas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João. Isto se fará saber também ao nosso santo irmão e sacerdote, Bonifácio, bispo da cidade de Roma, ou a outros bispos daquela região, para que este cânon seja confirmado, pois foi isto que recebemos dos Padres como lícito para ler na Igreja” (Concílio de Cartago III (397) e Concílio de Cartago IV (419).

Concílio de Roma (382):
"Tratemos agora sobre o que sente a Igreja Católica universal, bem como o que se dever ter como Sagradas Escrituras: um livro do Gênese, um livro do Êxodo, um livro do Levítico, um livro dos números, um livro do Deuteronômio; um livro de Josué, um livro dos Juízes, um livro de Rute; quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos; um livro do Saltério; três livros de Salomão: um dos Provérbios, um do Eclesiastes e um do Cântico dos Cânticos; outros: um da Sabedoria, um do Eclesiástico. Um de Isaías, um de Jeremias com um de Baruc e mais suas Lamentações, um de Ezequiel, um de Daniel; um de Joel, um de Abdias, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias, um de Malaquias. Um de Jó, um de Tobias, um de Judite, um de Ester, dois de Esdras, dois dos Macabeus. Um evangelho segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas, um segundo João. [Epístolas:] a dos Romanos, uma; a dos Coríntios, duas; a dos Efésios, uma; a dos Tessalonicenses, duas; a dos Gálatas, uma; a dos Filipenses, uma; a dos Colossences, uma; a Timóteo, duas; a Tito, uma; a Filemon, uma; aos Hebreus, uma. Apocalipse de João apóstolo; um, Atos dos Apóstolos, um. [Outras epístolas:] de Pedro apóstolo, duas; de Tiago apóstolo, uma; de João apóstolo, uma; do outro João presbítero, duas; de Judas, o zelota, uma. (Catálogo dos livros sagrados, composto durante o pontificado de São Dâmaso [366-384], no Concílio de Roma de 382)

Lista segundo o Papa S. Gelásio (~495):
"Devemos agora tratar das Escrituras Divinas. Vejamos o que a Igreja Católica universalmente aceita e o que deve ser evitado: (1) Começa a ordem do Antigo Testamento: um livro da Gênese, um do Êxodo, um do Levítico, um dos Números, um do Deuteronômio, um de Josué (filho de Nun), um dos Juízes, um de Rute, quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos, um livro de 150 Salmos, três livros de Salomão (um dos Provérbios, um do Eclesiastes, e um do Cântico dos Cânticos). Ainda um livro da Sabedoria e um do Eclesiástico. (2) A ordem dos Profetas: um livro de Isaías, um de Jeremias com Cinoth (isto é, as suas Lamentações), um livro de Ezequiel, um de Daniel, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Joel, um de Abdias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias e um de Malaquias. (3) A ordem dos livros históricos: um de Jó, um de Tobias, dois de Esdras, um de Ester, um de Judite e dois dos Macabeus. (4)A ordem das escrituras do Novo Testamento, que a Santa e Católica Igreja Romana aceita e venera são: quatro livros dos Evangelhos (um segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas e um segundo João). Ainda um livro dos Atos dos Apóstolos. As 14 epístolas de Paulo Apóstolo: uma aos Romanos, duas aos Coríntios, uma aos Efésios, duas aos Tessalonicenses, uma aos Gálatas, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, duas a Timóteo, uma a Tito, uma a Filemon e uma aos Hebreus. Ainda um livro do Apocalipse de João. Ainda sete epístolas canônicas: duas do Apóstolo Pedro, uma do Apóstolo Tiago, uma de João Apóstolo, duas epístolas do outro João (presbítero) e uma de Judas Apóstolo (o zelota)" (papa S. Gelásio, ~495; Decreto Gelasiano; repetido em 520 pelo papa S. Hormisdas. Seguido também pelo Concílio Ecumênico de Florença [1438-1445], e novamente ratificado pelos Concílio de Trento [1546-1563] e Vaticano I [1870])).


Agora vamos ver o que os antigos cristãos achavam:


Enquanto a Bíblia ainda não tinha seu catálogo completo, alguns antigos cristãos faziam alguns catálogos Bíblicos nos primeiros séculos do cristianismo. Os protestantes deveriam analisar muito melhor e com muito mais rigor os escritos deles, em vês de só ficar na Bíblia, se eles (na maioria) o fizessem não teríamos este grave problema dentro da gigantesca maioria das igrejas protestantes.
Tais informações foram retiradas do site veritatis Splendor, porém no site, se coloca a fonte do texto retirado. Este Artigo do site se chama: “OS CATÁLOGOS SAGRADOS DOS PRIMEIROS CRISTÃOS”, escrito pelo grande (ex protestante) prof. Alessandro Lima.

Os livros sagrados segundo Justino de Roma (†155 d.C)

Justino, considerado o maior apologista da verdadeira fé no segundo século, costumava utilizar o Antigo Testamento para provar através das profecias a legitimidade e a antiguidade da fé Cristã. Utilizava freqüentemente a Tradução dos Setenta, e sobre ela escreve:

"Entre os judeus, houve profetas de Deus, através dos quais o Espírito profético anunciou antecipadamente os acontecimentos futuros, e os reis, que segundo os tempos se sucederam entre os judeus, apropriando-se de tais profecias, guardaram-nas cuidadosamente tal como foram ditas e tal como os próprios profetas as consignaram em seus livros, escritos em sua própria língua hebraica. Quando Ptolomeu, rei do Egito, se preocupou em formar uma biblioteca e nela reunir os escritos de todo o mundo, tendo tido notícia dessas profecias, mandou uma embaixada a Herodes, que então era rei dos judeus, pedindo-lhe que mandasse os livros deles. O rei Herodes mandou os livros, como dissemos, em sua língua hebraica. Todavia, como seu conteúdo não podia ser entendido pelos egípcios, Ptolomeu pediu, por meio de uma nova embaixada, que Herodes enviasse homens para os verter para a língua grega. Depois disso, os livros permaneceram entre os egípcios até o presente e os judeus os usam no mundo inteiro. Estes, porém, ao lê-los, não entendem o que está escrito, mas considerando-nos inimigos e adversários, matam-nos, como vós o fazeis, e atormentam-nos sempre que podem fazê-lo, como podeis facilmente verificar. Com efeito, na guerra dos judeus agora terminada, Bar Kókeba, o cabeça da rebelião, mandava submeter a terríveis torturas somente os cristãos, caso estes não negassem e blasfemassem Jesus Cristo." (I Apologia 31)

Os livros sagrados segundo Irineu de Lião (170 d.C)

Irineu foi um dos maiores apologistas da fé genuína do segundo século. Foi bispo de Lião (França), discípulo de Policarpo bispo de Esmirna (discípulo de São João).

Antigo Testamento

Quanto ao Antigo Testamento Irineu usava a versão dos Setenta (Septuaginta). Eusébio transcreve um trecho da obra de Irineu, onde ele relata como a esta tradução foi realizada com o auxílio divino:

“Antes que os romanos tivessem estabelecido o império, e quando os macedônios ainda dominavam a Ásia, Ptolomeu, filho de Lagos, muito desejoso de enriquecer com os melhores escritos dos homens a biblioteca que instituíra em Alexandria, pediu aos habitantes de Jerusalém suas Escrituras traduzidas para a língua grega.”

“Estes, naquela época ainda sujeitos aos macedônios, enviaram a Ptolomeu setenta anciãos, dos mais peritos nas Escrituras e no conhecimento das duas línguas e realizou-se desta forma o plano de Deus.”

“Ptolomeu, querendo provar particularmente a perícia de cada um, e a fim de evitar que, por confronto entre si, eles falseassem na tradução a verdade contida nas Escrituras, separou-os uns dos outros e ordenou-lhes que todos escrevessem a tradução do mesmo texto; assim fez relativamente a todos os livros.”

“Mas, ao se reunirem no mesmo lugar com Ptolomeu, e conferindo as traduções, Deus foi glorificado e as Escrituras foram reconhecidas como realmente divinas, pois todos haviam expressado idéias idênticas com idênticas palavras, idênticos nomes, do começo ao fim. Desta forma, até os pagãos presentes reconheceram terem sido as Escrituras traduzidas sob inspiração de Deus.”

“Não é de admirar tenha Deus agido desta maneira. Efetivamente, perdidas as Escrituras por ocasião do cativeiro do povo sob Nabucodonosor, e tendo os judeus após setenta anos regressado a seu país, mais adiante, no tempo de Artaxerxes, rei dos persas, ele próprio inspirou o sacerdote Esdras da tribo de Levi [cf. Esd 9,38-41] relativamente à reconstituição das palavras dos profetas anteriores e à restauração entre o povo da legislação promulgada por Moisés." (HE V,8,10-15)

Os livros sagrados segundo Clemente de Alexandria

Segundo Eusébio, Clemente em sua obra Stromata "emprega também provas extraídas de Escrituras não aceitas de modo geral; cita, por exemplo, a Sabedoria dita de Salomão, a de Jesus filho de Sirac [Eclesiástico], a carta os Hebreus, as cartas de Barnabé, de Clemente [de Roma] e de Judas" (HE VI 13,6)

E continua: "Em Hyptyposes ele faz, em suma, exposições resumidas dos Testamentos de toda a Escritura, sem omitir as partes controvertidas, isto é, a Carta de Judas e as outras cartas católicas, e a carta de Barnabé e o Apocalipse, dito de Pedro. Acrescenta ser da autoria de Paulo a carta aos Hebreus, escrita para os hebreus em língua hebraica, mas que Lucas, depois de traduzi-la cuidadosamente, divulgou-a entre os gregos. Este o motivo por que se assemelham a tradução desta carta e os Atos" (HE VI,14,1-2). Eusébio ainda nos conta que Clemente ainda se refere à origem dos Evangelhos de Mateus e Marcos, dizendo que estes foram escritos primeiro (cf. HE VI,14,5-7).

Os livros sagrados segundo Orígines (212 d.C)
Antigo Testamento:

Segundo o historiador eclesiástico da Igreja primitiva, Eusébio de Cesaréia "Ao explicar o salmo primeiro [na obra Stromata], Orígines apresenta um catálogo das Escrituras Sagradas do Antigo Testamento, escrevendo literalmente: 'Observe-se que os livros do Antigo Testamento, segundo a tradição hebraica, são vinte e dois, número das letras de seu alfabeto'. Em seguida, um pouco mais adiante prossegue: 'Os vinte e dois livros, conforme os hebreus, são os seguintes: O livro que damos o título de Gênesis, entre os hebreus traz inscrito, de acordo com as palavras iniciais: Bresith, que significam "No começo"; Êxodo, Ouellesmoth, isto é, "Eis os nomes", Levítico, Ouicra, isto é, "Ele me chamou"; Números, Ammesphecodeim; Deuteronômio, Elleaddebareim: "Estas são as palavras"; Jesus, filho de Navé [Josué], Iosouebennoun; Juízes, Rute, entre eles foram um só livro, Sophteim; Reis primeiro e segundo livros, entre eles um só, Samuel: "O eleito de Deus"; Reis, terceiro e quarto livros, em um só, Ouammelch David, isto é: "Reino de Davi"; Paralipomenos, primeiro e segundo livros, em um só, Dabreiamein, isto é, "Palavra dos dias"; Esdras, primeiro e segundo livros, em um só, Ezra, isto é, "Auxiliar"; Livro dos Salmos, Spharthelleim; Provérbios de Salomão, Meloth; Eclesiastes, Koeleth; Cântico dos Cânticos - e não como alguns julgam, Cântico dos Cânticos [esta observação de Eusébio é para indicar que não se trata do livro Cântico dos Cânticos, sim do Eclesiástico]-, Sirassereim ; Isaías, Iessia; Jeremias, com as Lamentações e a Carta em um só livro, Ieremia; Daniel, Daniel; Ezequiel, Ezechiel; Jó, Job; Ester, Esther. Além destes, os Macabeus, intitulados Sarbethsabanaiel'". (História Eclesiástica VI,25,1-2 - Eusébio de Cesaréia, 317 d.C).

Estranhamente Orígenes não cita os 12 profetas menores e nem Cântico dos Cânticos. Dos deuterocanônicos apenas reconhece os dois livros dos Macabeus e Sabedoria de Sirácida.


LIMA, Alessandro. Apostolado Veritatis Splendor: OS CATÁLOGOS SAGRADOS DOS PRIMEIROS CRISTÃOS. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/321. Desde 06/11/2001.


Respondendo a argumentos protestantes:


Quem fixou o cânon do Antigo Testamento são os judeus e fizeram isso quando se reuniram em Jâmnia (palestina) no ano 100 d.C. Mas isso só ocorre depois da vinda de Cristo Salvador, e Jesus passou toda a autoridade religiosa aos apóstolos (Lucas 10,16) e como demonstrei tinham em suas Bíblias tinha estes sete livros que os judeus (e protestantes) negam e rejeitam a todo custo! E pior, é muito possível encontrar inúmeros relatos do conteúdo desses livros no Novo Testamento. Até porque, se os judeus, em 100 d.C., ainda mantinham algum inspiração divina porque os protestantes também não rejeitam o próprio Cristo e todo o Novo Testamento? Estes também foram rejeitados pelos judeus em Jâmnia na quela época.


Por que São Jerônimo, tradutor da Bíblia para o latim (a chamada de versão Vulgata), desprezava os deuterocanônicos? São Jerônimo passou anos na palestina vivendo e convivendo com os rabinos e acabou sendo influenciado pelos rabinos que adotavam o cânon de Jâmnia. Porém todos os livros deuterocanônicos, encontram-se na Vulgata Latina de São Jerônimo e em vários trabalhos seus.


Por que nos livros deuterocanônicos contém pessoas mentindo, praticando atos que lembram à magia e outras coisas imorais? O mesmo ocorre nos livros protocanônicos: patriarcas mentem, transformam certas coisas em outras coisas, cometem adultério ou poligamia etc! Para aqueles que dizem que tem o prazer e o dever de ler a bíblia todos os dias deveria saber disto...


Um desafio aos protestantes:


Como vocês sabem que apenas os livros que estão em sua Bíblia (66 livros) são os únicos inspirados? Isto porque o próprio índice da Bíblia não se encontra na Bíblia e não foi, evidentemente, inspirado por Deus (isto segundo a doutrina de SOLA SCRIPTURA protestante)? Uma vez que foi a Igreja e os seus Bispos e Papas que definiram seu índice, então este índice é humano? Se só são humanos os sete livros que vocês rejeitam, oque garante a vocês que os outros não são? Até porque foi a Igreja Católica que criou este índice, se um ou sete estão errados, significa que a Igreja e seu magistério erraram, ou seja, não tem a infalibilidade... se a Igreja não tem, como vocês podem acreditar no que está escrito ai se tudo foi escolhido pela Igreja Católica?



Sits usados na pesquisa: http://www.cleofas.com.br/ http://www.veritatis.com.br/ e http://blog.cancaonova.com/dominusvobiscum/

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A Igreja Católica: Construtora da Civilização Ocidental.

É muito bom saber que não é só promiscuidade e mentiras que encontramos na Internet. Este vídeo é apresentado pelo Dr. Thomas E. Woods, PHD em história pela Universidade de Harvard nos EUA. E explica como a Igreja Católica Salvou e construiu a civilização Ocidental.

Episódio 1.







Episódio 2, Igreja e Ciência.





quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O VATICANO II FOI UM CONCÍLIO "MERAMENTE PASTORAL"?


Por Patrick Madrid e Pete Vere
Tradução: Maite Tosta
Fonte: http://spirit-of-trent.blogspot.com/
Por Patrick Madrid e Pete Vere.
Madrid é um renomado apologeta católico, e Vere é um canonista e ex-adepto da FSSPX.

Os defensores do tradicionalismo radical freqüentemente se refugiam na afirmação de que o Vaticano II foi um Concílio “meramente pastoral”, e, portanto, não poderia ser reconhecido como um concílio infalível. “O Concílio Vaticano II, como mero concílio pastoral” – dizem – “não rompeu com a Tradição? Além do mais, que sentença afirmativa o Vaticano II promulgou?” Essas são boas perguntas que merecem boas respostas. A natureza pastoral do Concílio Vaticano II é fonte de muita controvérsia entre muitos tradicionalistas. Na verdade, muitos católicos tradicionais que se reconciliam com a Igreja continuam duelando com esse questionamento mesmo depois de muito tempo após seu retorno à Igreja.

Felizmente, o Pe. Gerald de Servigny responde muitas dessas questões em seu livro “La Theologie de L'Euchariste dans le Concile Vatican II” (A Teologia da Eucaristia no Concílio Vaticano II), que está sendo traduzido por um dos autores para a língua inglesa. Pe. Servigny é um teólogo que traz tanto uma abordagem pastoral e uma reflexão teológica para a questão, e este capítulo não poderia ter sido escrito sem a sua ajuda. Somos gratos, tanto a ele quanto a seu editor, Pierre Teque Editeur, por nos permitir traduzir seu livro e citá-lo livremente neste capítulo (1).

Muitos tradicionalistas argumentam que o Concílio Vaticano II foi o primeiro e único concílio geral da Igreja a ser apresentado como concílio “pastoral”. Entretanto, o termo “pastoral” pode ser compreendido (e incompreendido) de diferentes formas. Quando aplicado ao Concílio Vaticano II, como aponta o Pe. Servigny, o termo “pastoral” deve ser entendido no contexto do que o Papa João XXIII pretendia quando convocou o Concílio. Este é um princípio bastante comum quando se trata de interpretação das ciências sagradas. Na verdade, é possível traçar um paralelo entre a abordagem do Pe. Servigny e o Cânon 17 do Código de Direito Canônico de 1983 (ou, já que o Código de Direito Canônico de 1983 não estava ainda em vigor quando o Papa João XXIII convocou o Concílio Vaticano II, o Cânon 18 do Código de Direito Canônico de 1917).

Pe. Servigny cita o seguinte parágrafo do discurso II do Papa João XXIII de abertura do Concílio Vaticano II: “é necessário que esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e exposta de forma a responder às exigências do nosso tempo. Uma coisa é a substância do « depositum fidei », isto é, as verdades contidas na nossa doutrina, e outra é a formulação com que são enunciadas, conservando-lhes, contudo, o mesmo sentido e o mesmo alcance. Será preciso atribuir muita importância a esta forma e, se necessário, insistir com paciência, na sua elaboração; e dever-se-á usar a maneira de apresentar as coisas que mais corresponda ao magistério, cujo caráter é prevalentemente pastoral.”(2)

Esse é um bom resumo de como o Papa João XXIII entendia o termo “pastoral” quando convocou o Concílio Vaticano II. “Pastoral” não quer dizer que o Concílio Vaticano II focalizou somente na disciplina pastoral da Igreja – aquelas normas e práticas sujeitas a mudanças com o tempo. Nem quer dizer que o Concílio Vaticano II ignorou o ensinamento da Igreja, uma vez que seus pronunciamentos tinham que estar baseados em algum ensinamento católico prévio para que pudesse ter status de um concílio geral da Igreja. Ao contrário, “pastoral”, neste contexto, significa tomar o magistério existente, perene da Igreja – aquelas matérias de fé e moral extraídas da Sagrada Escritura e da Sagrada Tradição – e colocando-as em prática de uma forma que desafie a sociedade hodierna e sua cultura em termos que possam ser compreendidos.

“Embora sejamos tentados a contrapor a natureza pastoral do Concílio Vaticano II com a natureza dogmática dos concílios ecumênicos anteriores”, alerta o Pe. Servigny, “pastoral e dogmático não são mutuamente excludentes. Um ensinamento pastoral é um ensinamento teológico, embora não esteja enunciado de forma puramente intelectual e reservada a teólogos. Melhor dizendo, é um ensinamento transmitido ao mundo cotidiano com a finalidade de alimentar espiritualmente os Cristãos e iluminá-los sobre o mistério de Deus. É este ensinamento que orienta os fiéis, dizendo-nos em que crer e o que devemos fazer para crescer em nosso relacionamento com Nosso Senhor Jesus Cristo.”

Em outras palavras, “pastoral” determina o status de uma doutrina em relação ao católico médio, dos bancos de Igreja. Não estudamos Deus em Seu benefício, mas em nosso. Estudamos o mistério de Deus para melhor entendê-Lo, para melhor amá-Lo e para viver Sua verdade mais plenamente. Por exemplo, teologia doutrinária nos ensina sobre o grande mistério da redenção de Cristo, enquanto a teologia pastoral nos ensina em colocar tal mistério em prática freqüentando o sacramento da confissão. A teologia doutrinária nos ensina sobre o mistério da transubstanciação durante o santo Sacrifício da Missa, enquanto a teologia pastoral nos ensina quando podemos e quando não podemos participar desse mistério.

Assim que o leitor compreende essa orientação pastoral do Concílio Vaticano II, Pe. Servigny apresenta a citação seguinte do Cardeal Yves Congar, O.P. – um dos muitos peritos em teologia convidados a participar do Concílio. “O que João XXIII denominou “pastoral” era doutrina, escreve o Cardeal Congar, “mas com expressão histórica, no tempo do mundo atual... é doutrinária, mas doutrina pastoral, ou seja, doutrina que pede para ser aplicada historicamente”.(3) O que Congar quer dizer é que, como Concílio pastoral, o Vaticano II buscou aplicar o magistério da Igreja no contexto da história contemporânea – tornar a doutrina da Igreja relevante para o mundo de hoje. Na encarnação, Cristo não tomou meramente nossa carne humana, ele também tomou sobre si nossos costumes, moral, cultura, e, no que se relaciona com a criação, tempo e espaço. Logo, a doutrina se aplica aqui e agora, por toda a expansão geográfica, numa era de tecnologia moderna e comunicação universal. A doutrina não é algo simplesmente restrito à população hebréia reunida nas redondezas de Jerusalém durante a era do Rei Herodes e Pôncio Pilatos.

O Pe. Servigny escreve:

Para Congar e para outros, doutrina pastoral é uma doutrina encarnada, não muito diferente de Nosso Senhor que se encarnou no ventre da Virgem Maria. Seu vocabulário também possui a habilidade de se renovar. Enquanto o ensinamento essencial da igreja não pode mudar de acordo com a época ou a cultura, a Igreja pode tornar este ensinamento mais acessível para os fiéis de acordo com o espaço e tempo, à medida que descobre melhores maneiras de expressar as verdades essenciais de nossa fé.

Portanto, não devemos confundir ensinamento pastoral com negligenciável, secundário, insignificante, nem devemos entendê-lo como inferior ao magisterial ou puramente doutrinário. Contudo, é assim que certos movimentos opositores têm compreendido errôneamente o Concílio, sempre com a intenção de combatê-lo. Para resumir brevemente seus argumentos, eles se opõem ao caráter pastoral do Concílio Vaticano porque sustentam que, sendo um concílio pastoral, o Vaticano II só assumiu um conteúdo disciplinar. Seguindo essa premissa falha, eles concluem que o Concílio Vaticano II obviamente não tem nada a ver com o ensinamento magisterial da Igreja.

Pe. Servigny então nos aponta para as visões seguintes, redigidas pelo Papa Paulo VI em uma carta resposta à crítica de certos textos conciliares tecida pelo Arcebispo Lefebvre: “Não se pode invocar a distinção entre dogmático e pastoral com a finalidade de aceitar alguns textos do Concílio e refutar outros”, explica o Santo Padre. “Certamente, tudo o que foi dito no Concílio não demanda um assentimento da mesma natureza; somente o que é afirmado como objeto de fé ou verdade ligada à fé, por atos definitivos, requer um assentimento de fé. Mas o resto é também uma parte do solene magistério da Igreja o qual todos os fiéis devem receber com confiança e aplicar com sinceridade.” (4)

Logo, mesmo o ensinamento mais puramente pastoral do Concílio Vaticano II pertence ao magistério da Igreja. Afinal, as três funções da Igreja são ensinar, governar e santificar. Enquanto cada uma dessas funções é única – como o Pai, o Filho e o Espírito Santo existem como pessoas únicas na Santíssima Trindade – elas são, contudo, inter-relacionadas. De forma similar, o ensinamento puramente doutrinário da Igreja é relacionado com como esse ensinamento é implementado. Em outras palavras, a função de governo da Igreja nunca está totalmente separada da função de ensino, e, portanto, os pronunciamentos do Concílio Vaticano II são ao mesmo tempo doutrinais e pastorais.

Pe. Servigny fala das implicações disso:

O Sumo Pontífice e os bispos, reunidos em um concílio, e subseqüentemente o Espírito Santo assiste o colégio de bispos, como sucessores dos Santos Apóstolos, em propor doutrina para a Igreja universal. Notável e interessante é a fórmula empregada pelo Santo Padre e os bispos ao assinar e promulgar o texto, a saber: “em virtude do Poder Apostólico a nós confiado por Cristo, juntamente com os Veneráveis Padres, no Espírito Santo os aprovamos, decretamos e estatuímos...”

Enquanto o peso de cada texto em particular produzido no Concílio Vaticano II possa variar, os documentos devem ser, contudo, recebidos e entendidos como ensinamento cogente (autoritativo) da Igreja. Os textos pastorais do Concílio Vaticano II carregam consigo o peso do colegiado de bispos ensinando em comunhão com o Pontífice Romano. Como se lê na Pastor Aeternus, a constituição dogmática do Primeiro Concílio Vaticano, sobre a Igreja,

(...)que o mesmo Pontífice Romano é o sucessor de S. Pedro, o príncipe dos Apóstolos, é o verdadeiro vigário de Cristo, o chefe de toda a Igreja e o pai e doutor de todos os cristãos; e que a ele entregou Nosso Senhor Jesus Cristo todo o poder de apascentar, reger e governar a Igreja universal, conforme também se lê nas atas dos Concílios Ecumênicos e nos sagrados cânones(...)devem-se sujeitar, por dever de subordinação hierárquica e verdadeira obediência, os pastores e os fiéis de qualquer rito e dignidade, tanto cada um em particular, como todos em conjunto, não só nas coisas referentes à fé e aos costumes, mas também nas que se referem à disciplina e ao regime da Igreja, espalhada por todo o mundo,(...)

Em resumo, a Tradição Católica sustenta que devemos nos submeter ao Pontífice Romano em questões de disciplina e governo, o que engloba a aplicação pastoral da doutrina, e não meramente nas questões de fé e mora. Como católicos, não podemos ser como Martinho Lutero, que, na Dieta de Worms, alegadamente afirmou “Eu não aceito a autoridade dos papas e concílios porque eles se contradizem mutuamente”.

A essa altura, é especialmente útil olhar para a tentativa de aplicação da doutrina do Concílio Vaticano II na prática pastoral. “Da primeiras linhas da Lumen Gentium, a Consituição Dogmática do Vaticano II sobre a Igreja”, escreve o Pe. Servigny, “o Concílio se posiciona em continuidade com os concílios ecumênicos anteriores. Sobre isso o claro testemunho no parágrafo de abertura da Lumen Gentium: “E, retomando o ensino dos concílios anteriores, propõe-se explicar com maior rigor aos fiéis e a toda a gente, a natureza e a missão universal da Igreja”.

Essa afirmação pode parecer incrível para alguns de seus companheiros tradicionalistas, mas o Pe. Servigny a fundamenta com fatos. Em termos de quantidade, o Concílio Vaticano II abundantemente cita seus imediatos predecessores – o Concílio de Trento e o Concílio Vaticano I. Realmente, cada um destes concílios é substancialmente citado vinte vezes no Concílio Vaticano II (5). “A primeira referência ao Concílio de Trento aparece no quinquagésimo quinto parágrafo da Sacrossanctum Concilium (A Constituição do Vaticano II sobre a Sagrada Liturgia),” nos ensina o Pe. Servigny, “em relação à comunhão nas duas espécies: ‘Os princípios dogmáticos que foram estabelecidos pelo Concílio de Trento permanecem intactos...’”. Essa é uma referência muito importante a um concílio anterior, uma vez que determina uma área concreta na qual o Concílio Vaticano II deve ser interpretado à luz do Concílio de Trento. Em resumo, os princípios doutrinários subjacentes ao foco pastoral do Concílio Vaticano II são aqueles do Concílio de Trento.

(1) Fr. Gerald Beauchamp de Servigny, "Was Vatican II Merely a Pastoral Council?," traduzido por Pete Vere, Envoy Magazine, Vol. 7, No. 3, pp. 24-29.

(2) John XXIII, 11 October 1962, traduzido por Pete Vere.
http://www.vatican.va/holy_father/john_xxiii/speeches/1962/documents/hf_j-xxiii_spe_19621011_opening-council_po.html

(3) Yves Congar, Entretiens d'automne, Cerf, Paris, 1987, p. 13.

(4) Paulo VI, Carta ao Arcebispo Lefebvre, Nov. 10, 1976.

(5) Congar, Entretiens d'automne, op cit. p. 10.


MADRID, Patrick; VERE, Pete. Apostolado Veritatis Splendor: O VATICANO II FOI UM CONCÍLIO "MERAMENTE PASTORAL"?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5954. Desde 10/09/2009.

Coroação se S. Luís.

Coroação se S. Luís.

Sagração de S. Luís IX, na Catedral de Reims.

Sagração de S. Luís IX, na Catedral de Reims.